terça-feira, setembro 27, 2005

25 DE ABRIL SEMPRE

O Orçamento de Estado para 2006 vai obrigar os portugueses a “apertarem o cinto” o aviso foi feito em Washington, pelo Ministro das Finanças português.
A vida esta difícil para todos, mas principalmente para os que cada dia fazem verdadeiras acrobacias para pagar as contas. Já há casos de pessoas a deixarem o anel na mereceria para pagar as contas, empenharem electrodomésticos, livros, etc. Por outro lado sobem as inscrições nos clubes de golfe, há cada vez mais viagens a destinos exóticos e os carrões vendem-se mais que nunca.
A crise já começa a fazer as suas vítimas, que são principalmente os idosos e os desempregados de longa duração. Mas não só. Temos assistido a um crescimento do número de pessoas de classe mais elevada, que por problemas de desemprego ou saúde vêem os seus rendimentos reduzidos.
Todos nos lembramos que a seguir à revolução dos cravos, os arautos do sistema, gritavam à boca cheia que iam acabar com os ricos.
Volvidos estes anos todos os ricos estão mais ricos e os políticos do sistema estão reféns destes. A necessidade de financiamento dos partidos, a casita no Algarve, o carro topo de gama, ou umas férias de luxo passadas num iate de um nababo qualquer, aplacaram o “sentimento de justiça” da classe politica que nos governa.
No outro lado da cadeia os pobres os necessitados, continuam a sonhar com dias melhores iludidos pelas promessas destes “vendedores de banha da cobra”.
A nossa economia esta de rastos as finanças idem aspas aspas, os nossos governantes, vivem enroscados numa subserviência nacional, qual cão adormecido pronto a saltar à voz do dono, seja ele o Parlamento Europeu ou o poderoso Tio Sam. Sem competência para realizar obra, parecem galinhas tontas incapazes de reagirem à crise que criaram.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Entrevista a Jerónimo de Sousa

Esta semana deparei-me com uma espécie de manifestação da CDU, na praça 8 de Maio, em frente à Câmara Municipal de Coimbra, manifestação essa que contou com a presença do Secretário-geral do PCP. Assim que o vi pensei que não poderia perder a oportunidade, e vendo que depois do seu discurso e de grunhirem várias vezes pelo partido, se dirigiram calmamente pela Rua Direita (curioso trajecto), dei a volta pela rua da Moeda e interpelei-os e fiz uma pequena entrevista ao senhor Jerónimo Carvalho de Sousa, que passo a transcrever.

Eu - Boa Tarde!

JS - Muito boa tarde! [Com um sorriso e com o braço por cima do meu ombro]

Eu - Gostaria de saber qual a sua opinião sobre o crescimento de partidos como o PNR e da criação de movimentos como a Juventude Nacionalista.

JS - Conhecendo os seus objectivos claro que fico preocupado.

Eu - Porquê?

JS - Porque são movimentos cujas ideologias racistas se apoiam noutras que foram responsáveis por 5 milhões de mortes de judeus pretos e ciganos.

Eu - E Estaline? Que foi responsável pela morte directa de 10 milhões de pessoas?

JS - Isso foi um erro que não deve ser confundido nem comparado com um holocausto que aconteceu!

Eu - Então o senhor achas que o PNR é racista?

JS - Sim

Eu - Como é que sabe?

JS - É o que eu ouço dizer.

Eu - Pois bem, eu sou da Juventude Nacionalista e digo-lhe que isso não é assim. Certo que há algumas pessoas racistas no PNR, mas a maioria não o é. Devia informar-se melhor e não apenas ouvir dizer...

JS - Certo, mas também se devia informar melhor sobre nós.

Eu - Já o fiz. Tomei contacto muito próximo com a JCP e não gostei do que vi.

Desconhecido - Vai-me desculpar mas temos de continuar por causa do horário.


E assim foi!