quinta-feira, maio 19, 2005

PETIÇÃO

Caros amigos:
O Público de hoje fala da petição que muitos de nós já subscrevemos.
Sem fazer juízos de valor, peço a vossa atenção para o título e para o primeiro período. O título refere a suspensão do programa de educação sexual. O primeiro período cita (colocando entre aspas “ “) a petição dizendo que esta exige “ a imediata suspensão do programa....”.
Releio a petição que assinei e encontro no seu n.º 1 o seguinte texto: “ - Exigem a imediata suspensão deste programa, incluindo as "linhas orientadoras". Concluo que a citação não é literal e esconde ou revela uma interpretação, voluntária ou não, do jornalista que assina S. R. Assim, a “imediata suspensão do programa” não é a mesma coisa que “a imediata suspensão deste programa”. Destaco a negro as diferenças. Sobre isto não faço nenhum juízo de intenção, embora deva salientar a incorrecção gramatical: “do” e “deste“ não são a mesma coisa e, por isso, o texto não deveria vir entre aspas, porque foi modificado (por desatenção, ignorância, intenção, etc...).
Já é de salientar o facto de o PÚBLICO ter escolhido ouvir apenas o presidente da APF que, esse sim, faz juízos de valor, classificando de ultraconservadores (vá-se lá saber o que ele entende por isso) os grupos que tomaram a iniciativa da petição. Não diz nada das 4083 pessoas que até às 14:38’ de hoje (menos de 48 horas depois de a petição ter começado a ser divulgada a assinaram). A fria lógica só nos pode levar a concluir que nos acha a todos também ultraconservadores, ou então, inconscientes, que somos facilmente manipulados por acções obscuramente ultraconservadoras.
Volto a ver o cômputo dos subscritores e às 14:57’ (19 minutos depois – com várias interrupções para fazer outras coisas) o n.º de “ultraconservadores” ou “manipuláveis" é de 4143.
Peço-vos que usem a vossa razão. Que não se deixem, de facto manipular. Que mostrem ao Presidente da APF que não é este o programa de educação sexual que queremos para as nossas crianças e jovens, sejam ou não nossos filhos. O futuro pede-nos que não sejamos indiferentes.
Se já assinamos a petição, redobremos o nosso esforço de divulgação da necessidade e interesse em a dar a conhecer.
Relembro por isso, o site onde pode ser assinada e onde também pode ser lido o artigo do Expresso de sábado passado que nos revela aquilo que permitimos por andarmos distraídos.
Um abraço amigo
Pedro Aguiar Pinto

Subscrever a petição em: Forum familia
Petição exige a suspensão do programa de educação sexual
Um abaixo-assinado, disponível na Internet, exige a "imediata suspensão do programa de educação sexual e as suas "linhas orientadoras"". A petição, lançada por elementos da Associação Juntos pela Vida no site www.forumdafamilia.com/petição/petição.asp, tinha ontem ao final da tarde mais de 2500 assinaturas.
Numa petição dirigida a vários órgãos políticos e de soberania, os subscritores manifestam a sua repulsa pelo conteúdo dos programas de educação sexual promovido pelo Ministério da Educação em colaboração com a Associação para o Planeamento da Família (APF). A iniciativa foi lançada na sequência de uma notícia da edição de sábado do Expresso, segundo a qual os manuais recomendados pelo Ministério da Educação ensinavam os alunos a masturbarem-se.
O abaixo-assinado exige ainda que seja feita uma auditoria a todos os programas de colaboração entre o Estado e a APF, incluindo as verbas envolvidas. Contactado pelo PÚBLICO, o presidente da APF, Duarte Vilar, rejeita a ideia de que os livros de apoio às aulas de educação sexual promovam a masturbação entre as crianças. "É ridículo e é de má-fé. O que é dito é que a masturbação, a existir, deve ser feita em privado e não publicamente", afirma Duarte Vilar. O mesmo responsável considera que a petição agora lançada "é uma iniciativa de grupos ultraconservadores que querem desacreditar a APF". S.R.


O Coimbra Nacional volta a lembrar aos seus leitores a necessidade de assinar esta petição, Sabemos que esta é uma luta desigual . Como podem constatar o sistema já lançou os seus cães de fila contra nós. Mas a vontade que nos agarra ao leme é a vontade de um povo, que não se cala.
Lanço um apelo para divulgarem a petição nos vossos blogues e através de mail.