terça-feira, abril 26, 2005

COIMBRA ADIADA

Os empresários de Coimbra mostram o seu descontentamento face ao actual momento da economia portuguesa.
Por um lado queixam-se da concorrência estrangeira sobretudo a chinesa.
Por outro lado falam da falta de investimento em Coimbra.
O Coimbra Nacional já aqui manifestou o seu repudio á concorrência desleal feita pelos produtos chineses. Com efeito um operário chinês ganha cerca de nove vezes menos que um português, e ainda é obrigado a trabalhar mais horas. Lá como seria cá os Comunistas não se preocupam com os direitos dos trabalhadores.
Mas a crise da cidade e do distrito não se resume somente ao problema criado pelos produtos estrangeiros, insere-se num contexto mais vasto, o da falta de investimentos.
Durante muito tempo a discussão sobre a industria no distrito centrava-se no principio de aproveitar os conhecimentos vindos da Universidade, efectuar parcerias, que por um lado iriam proporcionar aos licenciados novos postos de trabalho ou de estágio, e aos investigadores, a possibilidade de poderem ver concretizados os seus estudos na pratica.
Este assunto encheu as páginas dos jornais, foi tema das discussões mais inflamadas, ficou-se no campo das intenções.
Coimbra hoje tirando meia dúzia de excepções resume, a sua investigação com aplicação pratica a área da medicina.
Não creio que vá ser algum choque tenológico que vá alterar o estado das coisas, pois a industria do distrito e da cidade, é um projecto adiado por parte do poder politico. Alguma iniciativa privada ainda rema contra a maré, mas encontra obstáculos na especulação imobiliária e na burocracia e na falta de apoios.
A juntar a tudo isto não é de esquecer que o Estado é mau pagador, o que têm criado, bastantes dificuldades financeiras em empresas que lhe fornecem material.